Tarde
em Itapuã
Por: Marcos Coutinho.
Em 1971 Vinícius de Moraes e
Toquinho estavam compondo a música “Tarde em Itapuã” naquele tempo como era bom
“passar uma tarde em Itapuã” e “falar de amor em Itapuã”, mas nos dias atuais
talvez a parte da música que mais se encaixe na situação de Itapuã seja “o dia
pra vadiar”.
“Passar uma tarde em
Itapuã”, atualmente, você vai passando: vai passando o relógio, passando a
carteira, entre outros itens, em decorrência da violência existente no bairro,
se até a estátua do poeta Vinícius de Moraes, vem sofrendo com os furtos e atos
de vandalismo, imagina quem tem que passar por Itapuã.
Itapuã que significa “pedra
que ronca” em tupi guarani, cresceu nesses últimos 42 anos, se transformou em
um dos bairros mais populosos de Salvador, com cerca de 250 mil habitantes,
segundo o IBGE. Os coqueiros deram lugar a cimento e concreto, a região que no
passado só tinha casa de veraneio, passou a ter moradias fixas, perdeu certo
charme, mas o mais preocupante é a violência do bairro, os assaltos, o tráfico
de drogas, atos de vandalismo, que transformaram o bairro de tranquilo e
romântico, para violento e pouco romântico, hoje a “pedra que ronca” esta mais
para a “pedra que grita”, grita pedindo socorro.
Henrique Gomes, de 20 anos,
morador do bairro, acha que Itapuã esta violenta e conta sobre a violência no
bairro, ao ser perguntado se já tinha sofrido com essa violência à reposta dele
foi “não, porém amigos próximos a mim já sofreram”, o que na verdade termina
atingindo ele indiretamente essa violência, já que as pessoas que sofrem são
próximas, quando perguntado uma forma para diminuir a violência em Itapuã à
resposta dele foi simples “aumentando o policiamento na região, agindo de forma
eficiente”.
Então, qual é a de Itapuã? É
justamente buscar diminuir essa violência, para podermos cantar, andar e curtir
as suas belezas, assim como faziam Vinícius e Toquinho. Podem ser feitas ideias
como a sugerida por Henrique, para essa violência diminuir, pois ainda não é
tarde para Itapuã, o bairro tem que sair da sombra e mostrar seu brilho,
mostrar que ainda se pode “falar de amor em Itapuã”.
Foto da estátua de Vinicius
de Morais em Itapuã, que sofre com o vandalismo.
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