sexta-feira, 31 de maio de 2013

Cidadã do mundo



Cidadã do mundo


Por Daniela Cunha




Em alguns momentos parece não caber tantos sonhos e expectativas em apenas 1.54m de altura. Essa é Laís Nogueira, estudante de jornalismo que aos 21 anos encontra nas palavras da escritora Clarice Lispector uma boa definição de sua personalidade. "Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão, tranquilidade e inconstância, pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo.” Depois de citar a escritora ainda completa “posso dizer que eu sou uma pessoa tranquila, bem humorada, super família, amo minha profissão, sou sonhadora.

É dessa forma, carregada de sonhos e objetivos que a estudante de jornalismo segue idealizando seu futuro. “Jornalismo sempre foi um dos meus grandes sonhos. Não é apenas a profissão que eu escolhi. É o meu ideal. A escada para me tornar alguém melhor”. E completa, “fora o jornalismo, tenho muitos outros sonhos e planos. Viajar, conhecer o mundo”.

Não foi a toa que ela escolheu seguir a área de comunicação. Com uma tia jornalista e pai que além de economista é escritor, Laís sempre se identificou com a área e brinca. “A junção da minha vontade com ‘bons professores’ deu nisso”.

E não foi só na vida profissional que a família esteve presente. Parentes e amigos são a base na vida dessa garota que sonha longe. “Sempre tive apoio da minha família e dos meus amigos pra tudo. São eles a minha base, meu porto seguro.” 

Deles também veio um pouco do conhecimento político de Laís. “Na minha casa sempre ouvi muitas histórias sobre o PT, por isso comecei a conhecer mais sobre o partido e a criar uma imagem positiva. Pena que decepcionou, não apenas pelo envolvimento com o mensalão, mas pela postura e mudança de pensamentos e conduta”. Apesar de preocupar-se em está sempre informada sobre o tema, ela declara não ter muita simpatia pelo assunto. “Não sou muito ligada à política, nem acredito em um único partido. Acredito em pessoas de partidos aleatórios. Procuro me informar porque entendo que é fundamental exercer o meu papel de cidadã com consciência”.

Nascida e criada na capital baiana, a estudante não nega suas raízes, mas acredita que seu lugar no futuro está bem longe de Salvador. “Nasci aqui, me criei, construí minha vida, minhas amizades. Cada cantinho dela guarda uma história, um momento especial da minha vida. Amo minha cidade, mas com certeza não me imagino morando aqui no futuro, e profissionalmente é preciso sair daqui pra crescer. É um ideal de vida hoje, me mudar”.

Como sempre que pode Laís “bota o pé na estrada”, já reparou algumas diferenças entre Salvador e outros lugares, detalhes que cada vez mais a desanimam com a cidade. “Costumo viajar sempre, é uma das minhas paixões. As diferenças são gritantes, desde a educação das pessoas à estrutura física, locais e opções de lazer. Aqui a cultura de shopping é fortíssima porque a cidade oferece poucas opções e a falta de segurança restringe ainda mais”.

De famílias católica (paterna) e batista (materna), apesar de já ter frequentado à igreja Batista ela não pertence a nenhuma religião, mas nutre uma fé em uma força superior. “Hoje acredito em Deus, como uma força maior que move o mundo. Tenho minhas crenças e minha fé, mas não sou ligada à religião”.

Cheia de metas, planos e ideologias Laís Nogueira deixa claro que é e será uma eterna sonhadora e seu lugar é no mundo. “Ideologias... tenho muitas. A maior delas acho que é crescer pessoalmente, intelectualmente e profissionalmente. Me tornar alguém melhor a cada dia e poder trazer alguma contribuição para o mundo e para as pessoas que mais precisam.”

quinta-feira, 30 de maio de 2013

O OUTRO GLAUBER EM FOCO

por Antônio Athanazzio, Bruna Esteves e Érica Fernandes



“Eu sou um apocalíptico que morrerei cedo... Às vezes sinto-me louco e absolutamente feliz dentro de uma infinita solidão.” 

(Paris, 1973)



Na última segunda-feira (27) e também na terça (28), aconteceu na Universidade Jorge Amado, na Paralela, o simpósio 'Glauber em Foco'. A ideia do projeto foi discutir e trazer a imagem do cineasta Glauber Rocha para perto do povo. A iniciativa foi da Coordenação de Comunicação Social e do Grupo de Iniciação Científica Modos de Produção Audiovisual na Bahia, coordenado por Ceci Alves. 

“As pessoas precisam assistir aos filmes e entender que a estética de Glauber é bem brasileira", declara a professora Ceci Alves, uma das organizadoras do evento. 

Ceci Alves - organizadora do 'Glauber em Foco'

Programação

Mesa 'Quem é Glauber'
Carlinhos Marques, Oscar Santana, Ceci Alves e Roque Araújo
No primeiro dia, foi exibido o curta-metragem 'O Pátio' (1959), primeiro filme de Glauber, de 11 minutos de duração, seguido do documentário de Roque Araújo, 'No Tempo de Glauber' (1986). Os convidados que fizeram parte da mesa “Quem é Glauber” foram Oscar Santana e Roque Araújo, para falarem sobre a vida e  a obra do cineasta

"O caminho do cinema são todos"
Oscar Santana fez um belo discurso em homenagem a Glauber, frisando  que "não fala do mito, e sim do amigo que começou a fazer cinema na mesma época".
Várias passagens de sua vida foram relembradas, desde a época de Glauber no Colégio Central (local onde ele estudou e desenvolveu sua criatividade) até sua consolidação como diretor e cineasta. Citações de frases emblemáticas durante sua breve vida enriqueceram e deram mais emoção ao texto, fazendo com que a plateia refletisse sobre a importância do cinema para a cultura brasileira. "Mostrar o homem para o próprio homem. Assim tudo paira no ar como um brilho interrompido". 

Oscar Santana em discurso na mesa 'Quem é Glauber'

O encerramento do primeiro dia ficou com o pocket show "Universo Baianês", com a participação do maestro Carlinhos Marques. 
Painel produzido pelos alunos da Unijorge


Já na terça-feira teve a exposição do painel 'O Olhar de Glauber Rocha no Cinema Atual', criado pelos alunos de Iniciação Científica da Unijorge e, também, um segundo painel, criado pelos alunos do grupo de pesquisa da Universidade Federal da Bahia – com orientação da Profª. Drª Marise Berta. 

Além disso, foi exibido o filme 'Terra em Transe' (1967), às 15h, para uma posterior análise da estética e técnica do filme e sua influência na cinematografia e cultura baiana, brasileira e mundial. Convidado: Adalberto Meireles. Na noite de terça foi realizado um debate  "que constituiu a obra e a visão de mundo de Glauber e como ele influenciou o mundo". Convidado: Umbelino Brasil.

Em seus filmes, o diretor consegue problematizar a ética e a estética do cinema nacional e regional, colocando em questão principalmente a pobreza, o sertão e os excluídos, sem tratar do tema com clichês. Até aí é tudo que sabemos, somado ainda ao temperamento explosivo do diretor. Contudo Glauber  escreveu cartas e roteiros que não foram publicados, era um sujeito brincalhão e tirava onda com todos nos set de filmagem. “Politicamente Glauber era uma fera. Mas enquanto diretor ele era um sujeito divertido e muito animado”, relembra Roque Araújo, um senhor elegante e muito prosaico que chegou contando várias histórias do cineasta, além de apresentar todo o acervo que ele ainda possui. “Muita coisa ainda não chegou ao grande público”, comentou. Roque falou do acervo com mais de 1.185 peças cadastradas que se encontra na Biblioteca Central que fica no bairro dos Barris.

Estudante do curso de audiovisual, Evelyn Brito
Muitos estudantes do curso de comunicação e produção audiovisual estavam presentes nesse encontro. “Estou bastante eufórica para ouvir Roque Araújo, o vovozinho mais querido do cinema. Quero entender mais sobre o trabalho do Glauber”, comenta a estudante do 3º semestre de audiovisual, Evelyn Brito, antes de entrar no auditório. 
Para Enio Sena, que está no 1º período de produção visual, a figura do Glauber não é tão conhecida assim. Apesar de já ter assistido a “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, um dos filmes do cineasta, ele conta que precisa de aprofundamento. “Não sei muita coisa da vida dele, vou aproveitar essa oportunidade para pesquisar outras obras do Glauber”, declara. 

Plateia durante evento 'Glauber em Foco'

História

Cena do filme 'Deus e o Diabo na Terra do Sol'
Glauber Rocha dirigiu 17 filmes (entre longas, documentários e curtas), escreveu 12, produziu 11 e ainda se deu ao trabalho de atuar em cinco fitas, sempre com o mesmo mantra: "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça". O talento foi logo percebido pela mãe, Dona Lúcia, que vendeu todo o patrimônio para custear e apoiar as empreitadas cinematográficas do filho. 

Foi à falência, mas não em vão. Glauber descansa como ícone nacional e como representante máximo de um movimento fundamental na identidade da cultura brasileira: o Cinema Novo. Com influências do neorrealismo italiano e da Nouvelle Vague francesa, o manifesto foi contra às produções inflacionadas e escancarou um país subdesenvolvido e repleto de mazelas sociais, inaugurando uma busca por um olhar social (cinematográfico) que perdura até hoje.

Bate-papo com Roque Araújo

Ele chegou de repente, falante e cheio de sorrisos, disponível para ser entrevistado antes de sua participação na mesa 'Quem é Glauber'. Falar sobre o amigo é uma grande honra para este homem que trabalhou e conviveu com o grande nome do cinema baiano. Roque Araújo hoje integra a equipe da DIMAS (Diretoria de Audiovisual da Fundação Cultural do Estado da Bahia), que contribui para o fortalecimento da produção audiovisual no estado. Com mais de 50 anos de cinema no currículo, Roque concedeu a entrevista abaixo em clima alegre e saudosista.

Como foi o começo do seu trabalho com  Glauber?
De eletricista passei a assistente de câmera e prossegui como assistente de direção e diretor de fotografia. Trabalhei em todos os filmes de Glauber Rocha, menos no curta O Pátio. Com as sobras de A Idade da Terra (1980), que Glauber deixou pra mim, fiz  No Tempo de Glauber (1986), uma espécie de making of e painel grandiloquente sobre o último filme do diretor de Deus e o Diabo na Terra do Sol.

Como foi trabalhar com Glauber Rocha?
Normal, um senhor simples. Glauber era um sujeito  brincalhão. Fazia piadas, brincava com toda turma da filmagem.

E politicamente como ele era?
Ah, politicamente ele era uma fera. Ele tinha orgulho em mostrar aquele cinema com a cara do povo. Mostrava  de um jeito revolucionário.

O Cinema Novo surgiu em que momento?
Em 1955, o diretor Nelson Pereira dos Santos exibiu o primeiro filme responsável pela inauguração do Cinema Novo. “Rio 40 graus” oferecia uma narrativa simples, preocupada em ambientar sua narrativa com personagens e cenários que pudessem fazer um panorama da cidade que, na época, era a capital do país. Então tudo começa aí e depois vem Glauber e tantos outros.


Qual é a dica que o senhor dá pra  essa moçada que vem produzindo filmes com novas tecnologias e um novo jeito de fazer cinema?
Hoje em dia tudo é mais fácil, antigamente os equipamentos eram pesadíssimos. Com novos recursos tudo ta moleza. Quando eu encontro com os jovens me sinto jovem também. Agora eu aprendo com eles.


Cartaz do evento
Programação do evento



Estacionar é para poucos

por Antônio Athanazzio


Com o crescimento da frota de veículos em Salvador, estacionar é um problema para a população. Nos últimos quatro anos, a média foi de 30 mil novos veículos registrados no sistema do Detran   a cada ano. Isso representou, entre 2012 e 2013, um crescimento de 5% na frota. Segundo os indicadores mais recentes do Detran-BA, em fevereiro havia aproximadamente 580 mil veículos de passeio registrados na capital baiana. Considerando que a população soteropolitana já beira os 2,7 milhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já existe um carro registrado para cada  4,68 pessoas.

Região Pituba manobristas usam o passeio;
O aumento da relação habitante por veículo é reflexo do crescimento da economia e da renda da população, característica típica dos países emergentes como o Brasil. Com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE realizada em maio desse ano, a compra de carros chega a ser o principal motivo de endividamento da classe C. 
A baixa qualidade do transporte público impele as pessoas a comprarem e recorrerem aos automóveis, motivo este que contribui também para constantes congestionamentos.

As vagas dos estabelecimentos e instituições são insuficientes para suprir a demanda de automóveis. Salvador dispõe de um pouco mais de 7.508 vagas de estacionamento, incluindo a Zona Azul, os estabelecimentos particulares e os locais de posse da Superintendência de Trânsito e Tráfego de Salvador (Transalvador). Estima-se que a cidade possui aproximadamente uma vaga para cada 94 veículos.

Diante dessa impossibilidade, os motoristas não encontram outra solução se não estacionar nas calçadas, complicando o tráfego de pedestres. O bairro do Rio Vermelho é palco dessa problemática, principalmente aos fins de semana. Os motoristas procuram vagas na região por mais de 20 minutos e alguns acabam desistindo de frequentar o local. “Eu adoro isso aqui, mas penso duas vezes antes de vir para cá. É muita dor de cabeça para estacionar no Rio Vermelho”, desabafa Luana Martins, 29, que frequenta o bairro em alguns fins de semana.

Ocupar lugar do pedestre é comum na Av. Paulo VI

Algumas empresas de estacionamento vão além das vagas que possuem e oferecem as calçadas aos motoristas como continuidade dos seus serviços. De acordo com o relato de alguns motoristas, os manobristas da Master Park fazem uso desse tipo de recurso. O supervisor da empresa, Luís Eduardo de Oliveira, em depoimento ao jornal A Tarde, revela que o empreendimento não possui autorização da prefeitura para estacionar nas calçadas, mas aluga alguns espaços da região para acrescer o número de vagas disponíveis.

É preciso muita paciência, não só para encontrar uma vaga na cidade, como também negociar o espaço com os flanelinhas. Alguns deles chegam a cobrar até 10 reais para exercer o serviço. André Vinícius Andrade, 33 anos, servidor público, conta que, ao estacionar à noite próximo ao cinema Glauber Rocha, na Praça Castro Alves, foi abordado por um flanelinha, que o intimou ao cobrar o valor do estacionamento. “Ele nem estava lá quando cheguei. De repente, ele estava me seguindo e me pressionando sobre o dinheiro que eu tinha que dar a ele”, diz.

Segundo dados do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (IRDEB), a promotora Joseane Suzart explica que o Ministério Público baiano possui a consciência de que os flanelinhas agem por sustento próprio e, portanto, não pretende erradicar a função. A promotora ainda alerta para que a fiscalização dessas pessoas seja feita pelo município.

Outro problema encontrado pelo Ministério é a irregularidade nas taxas de cobrança dos estacionamentos. De acordo com Joseane Suzart, o município deveria cumprir o decreto 19.693 de 2009, que estabelece valores fixos para essas taxas. Na Zona Azul, gerenciada pelo Sindicato de Guardadores de Carros de Salvador (Sindguarda), o motorista paga R$ 1,50 por duas horas de estacionamento, dois reais por seis horas, ou ainda três reais por doze horas.

Nos estacionamentos privados, os preços legalizados seriam dois reais para a primeira hora e R$ 1,50 para cada hora subsequente. Alguns estacionamentos cobram R$ 4,50 pela primeira hora e R$ 3,50 pela hora extra. Em eventos ou períodos de festa, os preços chegam a alcançar R$15,00 para estacionar o dia todo.

A insatisfação dos motoristas é perceptível. “Às vezes tenho que estacionar rapidinho para fazer algo, e lembro que terei que pagar mais de quatro reais só para ficar 15 minutos”, comenta Pedro Henrique Moura, 35, gerente de vendas. “Talvez seja melhor deixar o carro estacionado na rua nesse tipo de situação”.

A falta de planejamento urbano complica a vida dos soteropolitanos. A cidade chega a ter um carro para  aproximadamente  5 habitantes. Ao passo que 20 milhões de brasileiros pertencentes à classe C começam a melhorar o seu poder aquisitivo, mais veículos começam a circular nas ruas. Estacionar torna-se um privilégio para poucos tornando um grande problema na vida do soteropolitanos.

sábado, 25 de maio de 2013

Entrevista com Érica Fernandes

Por: Meryi Saenz





Érica na faculdade |  Foto: Meryi Saenz


Carioca, seguidora da boa música Brasileira, Érica é uma estudante de jornalismo que chegou na Bahia  quado  ainda era uma criança.Tímida e deixando um ar de tranquilidade e paz pelo seu jeito de falar e de escutar. Ela, fala da sua vida e compartilha seus pensamentos, sentimentos e planos para o futuro nessa entrevista.


 Há quantos anos saiu do RJ, e por quê?
Saí de lá com 9 anos, quando meu pai ficou desempregado e conseguiu um trabalho aqui em Salvador. Ele conhecia um amigo que o indicou para uma empresa de engenharia mecânica daqui e ficamos até hoje.


O que você poderia falar sobre o Rio de Janeiro para as pessoas que ainda não o conhecem?
Como eu saí de lá muito pequena e cresci aqui, não me sinto com muito conhecimento para falar do RJ, até porque não gosto de contribuir para esses estereótipos da cidade e do carioca. Mas o que me encanta muito é a beleza natural, esse misto de morro, praia e vida urbana. Tudo reunido num só lugar.

Érica na direita, em seu aniversário |  Foto: arquivo pessoal 
  Saudades do Rio? Por quê?
Tenho saudade dos meus parentes, que estão todos lá. Quando eu era mais nova sentia falta deles nas festas de aniversário. Minha família não é grande e já perdi meus avós, mas guardo lembranças boas dessa época de convívio mais próximo.


Você já é quase baiana, gosta de Salvador?


Aprendi a gostar da cidade, mas sei que ela poderia oferecer muito mais em termos de qualidade de vida. E para saber disso a gente não precisa sair do país, mesmo no Brasil existem cidades muito melhores para se viver dignamente. Por aqui gosto de conhecer lugares novos e perceber o contraste entre o novo e o velho nas construções, as intervenções urbanas, ver a cidade com mais sensibilidade, para não sucumbir à rotina estressante dos engarrafamentos.



Como é um dia da semana de Érica?

Ah, sou bem pacata, não gosto de perder noite à toa, costumo dormir relativamente cedo. Durante a semana é faculdade, estágio e esporadicamente reunião do grupo de pesquisa, mas gosto de quebrar a rotina desses dias de vez em quando fazendo algum programa de lazer. Também costumo ler muito no ônibus durante esses trajetos, e sempre tenho um livro e um fone de ouvido comigo na bolsa.   

Foto: arquivo pessoal
                                                                          
 Por que jornalismo?
Por que não? Eu estava insatisfeita na área que me graduei antes, sempre tive uma queda pelo universo do jornalismo, gosto de aprender, de conhecimento, de conteúdo e acho que é uma profissão muito importante para a sociedade, quando usada corretamente.

   

 E no final de semana, gosta de fazer o quê?

Eu gosto de fazer passeios ao ar livre, tipo pedalar na orla de bicicleta, ir à praia, ir a shows... Dependendo da semana que tive, também gosto de ficar em casa e relaxar, ver algum filme, passear com minha cachorra, navegar na internet e baixar músicas.




Me fale alguns de seus artistas favoritos?

De música? Ah, não tenho mais isso de ídolos, é tudo fase. E como hoje podermos baixar na internet vários álbuns de vários artistas ao mesmo tempo, às vezes nem dá mais para acompanhar a história de uma banda. Tem as do coração, que eu já ouvi muito, como Legião Urbana, Smiths, Cure, Nirvana... mas atualmente estou numa fase de valorização da música brasileira e de alguns artistas independentes, como Wado, Bárbara Eugenia, Céu...
 
O que pensa da política?

Acho importante ter um acompanhamento e saber o que está acontecendo, independente da área de atuação, porque é um assunto que mexe com todos. Não tenho posicionamento definido, porque costumo ponderar sempre os dois lados da moeda.


  Como você se imaguina no futuro?
Não gosto de fazer planejamentos a longo prazo, mas espero que eu esteja bem, morando sozinha ou acompanhada, atuando em algo que eu goste e com independência financeira para ter liberdade de fazer coisas que me dão prazer.
 
 
E filhos... quantos?

Não sei. Se eu tiver, talvez um só. Acho muita responsabilidade colocar um ser no mundo e cuidar para que ele siga um caminho bom na vida. Acho que a pessoa para ser mãe/pai tem que estar muito preparada psicologicamente para não passar à criança os seus traumas e medos e perpetuar um comportamento ruim. O que mais tem por aí é criança sem atenção, fazendo birra, pais ausentes e desestimulados. Mas também sei que se pensar demais no assunto ninguém teria filho. 

 Gosta de viajar?  Quais são os lugares que dejaria conhecer no decorrer de sua vida e por que?

Adoro viajar, conhecer lugares novos, ver outras culturas. Gosto de viajar pelo Brasil, mas também gostaria de conhecer mais os outros países, como a Grécia, Itália, Portugal, Inglaterra... e alguns da América Latina. Não tem isso de escolha, o que surgir a oportunidade primeiro, se eu não conhecer, não tem por que não topar. A não ser que seja o Iraque ou algo parecido, hehe. Gosto de viajar, mas também gosto de voltar para casa.